Cerca de 52 milhões de litros de óleo de cozinha são jogados, todo ano, na rede de esgoto, o que equivale a 93% do total de óleo gerado na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O volume foi levantado por um estudo feito pela Universidade Federal do Ceará (UFC) a pedido da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).
Em virtude dos problemas ocasionados pelo despejo de óleo nas tubulações, a Cagece e a UFC estão estudando o aproveitamento de óleo de cozinha como matéria-prima para a geração de biocombustível alternativo.
Pelo projeto, o óleo residual de fritura seria separado por filtragem para retirar as impurezas e misturado a óleos provenientes da agricultura familiar na usina de biodiesel de Quixadá, distante 167 km de Fortaleza.
Reaproveitamento pode gerar milhões
Segundo o estudo da Cagece, é possível obter até 4,7 milhões de litros de óleo por mês na Região Metropolitana de Fortaleza, 65% destes só no
município de Fortaleza. Se vendido, o óleo tratado produzido na RMF poderia movimentar até R$ 9 milhões por ano.
Os resultados da análise, coordenado pelo professor Bosco Arruda, indicam que mais de 46% do óleo gerado em residências em Fortaleza são
jogados no esgoto contra 18% da área comercial.
A maior concentração da geração de óleo por mês em cozinhas industriais provém dos seguintes bairros:
- Centro - 44.162 litros;
- Meirelles - 42.975 litros;
- Aldeota - 14.483 litros.
No setor residencial, destaca-se a alta produção por mês:
- Granja Lisboa 117.624 litros;
- Aldeota - 35.047 litros.
Já os bairros com maior incidência de direcionamento do óleo residual para o esgoto são:
- Mondubim - 88.730 litros;
- Vila Velha - 38.956 litros;
- Barra do Ceará - 34.971 litros;
- Jangurussu - 30.051 litros.
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